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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Macae sonha com a Primeira Divisão do futebol brasileiro


Durantes estes 12 anos, desde que profissionalizou o futebol, vindo através do Amador com o Batafogo, o Macaé Esporte ainda não revelou um atleta, simplesmente por não ter de verdade as categorias de base, e, além disso, estava perdendo a identidade com o torcedor macaense pelo fato de ter sido obrigado a mandar todos os seus jogos nas ultimas temporadas fora de Macaé.
Alguns jogadores de Macaé até vestiram a camisa tricolor, com destaque para o meia Wallacer e os atacantes John e Anderson. Mas chegaram ao clube revelados por um ex-clube da cidade ou “formados” por Escolinhas com a mínima estrutura. Atualmente, Norton é o prata da casa, de contrato renovado até 2011, que chegou na mesma condição e poderá ser considerado futuramente uma revelação.
O inicio de uma aposta na base começou este ano com a contratação da dupla Jeová Ferreira e Alvorino Leal para a condução do time no Estadual Juvenil. Ferreira foi o técnico campeão da Terceirona, na era Botafogo e o preparador físico Alvorino trabalhou desde os tempos do União Nacional, com o técnico Moacyr Meneses. Da equipe comandada pelo Carlinhos Ganjão no Estadual de Juniores, oito garotos foram “promovidos” e estão treinando entre os profissionais.
O jovem presidente do Macaé, Walter Bittencourt, que desde criança acompanha o seu pai e presidente de honra do clube, Teodomiro Bittencourt Filho, viu o Macaé Esporte nascer jogando no arcaico Expedicionário. Mas também acompanhou as obras de reconstrução do moderno estádio Municipal Claudio Moacyr de Azevedo reinaugurado com uma bela vitoria sobre o Marília (SP) por 3x1, em jogo válido pela Série C do Campeonato Brasileiro.
Agora será possível economizar e colocar mais dinheiro nos cofres do Clube da Princesinha. Ao contrario das duas últimas temporadas e meia em que o Macaé só gastava, mesmo tendo o mando de campo, por ser obrigado a jogar em outras cidades e bancar todas as despesas com viagem, hospedagem e borderô agora será possível arrecadar.
Com o novo Moacyrzão, acabam estas despesas e sobra um troco, a exemplo do que aconteceu no jogo contra o Marília. O pequeno publico de apenas 2041 pagantes foi suficiente para gerar um lucro de pouco mais de 6 mil reais da renda.
Outra opção será a promoção de preliminares com as categorias de base, principalmente no próximo Carioca. Segundo o presidente Waltinho, o Macaé Esporte ganhou uma área de 30 mil metros quadrados, onde será construído o CT e promete investir na base. “Hoje nós apenas participamos para cumprir uma exigência da FERJ, mas pretendemos disputar as competições brigando por títulos e revelados jogadores para o time profissional”, revelou Waltinho.
Porém a meta do Macaé ainda este ano é conquistar o acesso à Serie B. “É mais fácil atingir este objetivo do que brigar com os grandes do Rio de Janeiro numa final de Carioca”, acredita o presidente, que tem o apoio do prefeito Riverton Mussi e já fez as contas para realizar este sonho. “Agora faltam sete rodadas”, avisa o prefeito, que sonha com a elite do Brasileiro até o fim de seu mandato.
Esta oportunidade o Macaé desperdiçou em 2008, quando foi inclusive rebaixado à Serie D e viu o Duque de Caxias ser mantido. Na época o Macaé havia conquistado a vaga no campo, pela 5ª colocação obtida no Estadual, enquanto o clube da Baixada Fluminense herdou de presente por desistência do Madureira, Volta Redonda e Cabofriense. Em 2009 o Macaé chegou a final da Serie D e com o vice-campeonato retornou à Série C, enquanto o Duque de Caxias conquistou o inédito acesso à Série B.

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