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quinta-feira, 11 de março de 2010

Laranja sentiu a pressão e não suportou o calor na Baixada

O Sindicato dos Atletas Profissionais tinha razão ao sugerir a proibição de jogos pelo Estadual do Rio entre as 10 e 17h. Mas a Liminar do Calor foi cassada pela Ferj e a bola está rolando normalmente, antes das cinco da tarde. No empate, Nova Iguaçu 3x3 Cabofriense, pela segunda rodada no Estadual da Segundona, o árbitro Leandro Laranja sentiu a pressão no Estádio Jânio Moraes, na Baixada Fluminense.
A alta temperatura derrubou o juiz Leandro Noel Laranja, antes do intervalo. O árbitro desabou no gramado e foi atendido pela equipe médica no Laranjão, detectando insolação e queda brusca de pressão.
Sem condições de dar prosseguimento à peleja, Leandro Noel foi substituído por Wagner da Silva Figueiredo, que estava trabalhando como 4ºárbitro. Apesar do susto, o árbitro não precisou ser transferido para o hospital. Atendido na ambulância presente no estádio, ele se recuperou rapidamente. .
Marcos Cardoso, delegado do jogo, informou que Leandro Noel já tem um histórico e que esta não foi a primeira vez que passou mal. “Ele sentiu um mal súbito na garganta, forte tontura e caiu. Só isso”, achou pouco o delegado.
Antes do início da Taça Rio, a 4ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro havia concedido uma liminar, a pedido do Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio, proibindo a realização de jogos no estado entre 10h e 17h, devido ao forte calor. A primeira rodada da Taça Rio, teve dois jogos sendo realizados às 8h (Madureira 1x2 Boavista e Resende 0x3 Bangu), devido a falta de refletores nestes dois estádios.
A liminar também adiou o início da Segunda e Terceira Divisões do Campeonato Carioca, pelo fato de a grande maioria dos clubes participantes não possuirem estádios com iluminação artificial. O Estadual de Juniores, com os jogos nas preliminares dos profissionais, também havia sido suspenso. Mas a liminar foi cassada pela Ferj no último dia 2 e, com isso, as competições foram confirmadas e os jogos às 8h, foram remarcados para a tarde.
Na mesma partida em que o árbitro passou mal, o zagueiro Juan, da Cabofriense, também queixou-se de tontura por causa do calor. A Ferj diz ainda que a decisão foi tomada com base científica, uma vez que o Sindicato de Medicina do Esporte do Rio de Janeiro emitiu parecer dando condições para que as partidas pudessem ser realizadas neste horário.
O presidente do Sindicato dos Atletas profissionais alerta que o episódio podia ter sido evitado. “Todo mundo sabia que isso iria acontecer. Não sou metereologista como alguns falaram, mas sabíamos que aquela semana de chuva não iria durar. A bola agora está com os jogadores e a Ferj. O Sindicato não move mais uma palha sequer. A liminar tinha sido uma grande vitória da categoria, mas muitos jogadores foram contra e o Sindicato ficou como vilão” explica Sampaio.

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