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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Futebol em Macaé começou com o União Nacional

E pode recomeçar ainda este ano. O União Nacional Futebol Clube, fundado em 1932, por um grupo de ferrávios, foi o primeiro clube de futebol a se tornar profissional em Macaé, na década de 80. Por iniciativa do quarteto Luiz Carneiro, os irmãos Salvador e Gilberto Batista e Antônio Pinto de Carvalho "Penetra", o clube estreou em 87 e no ano seguinte conquistou o título invicto do Estadual da Terceirona. Naquele timaço, o goleiro Barri; os zagueiros Totonho e Gilberto; os meias Luciano Leandro e Luciano Lamoglia; e os atacantes Dias e Chico Explosão foram os destaques.
O projeto atual visa disputar as competições estaduais priorizando as categorias infantil, juvenil, juniores e profissional, valorizando os jogadores formados em Macaé, além de prestigiar os profissionais da cidade na formação da comissão técnica. O União Nacional pretende mandar seus jogos no moderno estádio Moacyrzão, que deve ser reinaugurado no dia 29 de julho, aniversário da cidade, com um amistoso trazendo o Flamengo à Macaé.
Para treinar a equipe profissional, Fernando Macaé, ex-jogador do Cruzeiro e Bangu, é o preferido. Outros nomes estão em pauta, pois esxiste a necessidade de contratar um para dirigir tecnicamente as quatro categorias. Os empresários e fundadores do clube, Salvador e Gilberto Batista, estão dispostos a patrocinar todo orçamento da equipe já no segundo semestre deste ano. A documentação já foi encaminhada para Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) através do representante Ires Costa.
O diretor técnico, Marcos Brasil, está organizando toda a documentação do clube e acredita que o clube pode até voltar na Segundona. Quanto ao pouco tempo para montar o time numa competição prestes a começar, Brasil deixou escapar. "Temos um padrinho forte na Federação", revelando que Eurico Mirando, ex-presidente do Vasco, vai apoiar o Naça. Enquanto o Moacyrzão não for liberado, os treino irão acontecer na Bicuda. “Sabemos que teremos resistência de pessoas ligadas ao futebol profissional na cidade. Já na Federação nós já contamos com apoio de alguns membros”, contou Marcos Brasil, prevendo uma rivalidade já que passaria a ter três clubes.
A decadência administrativa
Após brilhar em 88, conquistando o título inédito e invicto da Terceirona, o União Nacional esteve muito perto da elite do futebol carioca, mas foi atrapalhado com a interdição do estádio Expedicionário, sendo obrigado a disputar um Quadrangular Final contra Volta Redonda, Campo Grande e Portuguesa, em Rio das Ostras. O Naça disputou a Taça Rio de Janeiro em 1991 (torneio criado na era Caixa d'Água), e depois de vencer a Cabofriense numa virada espetacular por 3x2, foi outra vez prejudicado pela arbitragem, e acabou empatando com o Americano em 1x1. Naquele jogo, Eduardo Viana "Caixa D'Agua, estava grudado no alambrado do Expedicionário. O União Nacional acabou em 3º lugar, no grupo Interior, formado por Americano, Itaperuna, Cabofriense e o time de Macaé.
Em 1992, a diretoria do União Nacional na sua maioria resolveu trocar o nome para União Macaé, mesmo assim manteve as cores azul, preto e branco do uniforme original. A partir daí o clube perdeu o controle administrativo, passou a acumular inúmeros fracassos dentro de campo e fora dele só arranjou dividas com os credores. Depois mudaram o nome fantasia para União Macaé, numa tentativa de sensibilizar a prefeitura, mas acabou fechando departamento de futebol em 1995. No Estadual da Segundona de 96 surgiu o Macaé Barra Clube, que até começou bem, mas problemas extra-campo impediram a sobrevivência do novo clube, que também foi obrigado a pedir licença e fechar as portas.
O futebol profissional no presente e futuro
Atualmente, a cidade é representada pelo Macaé Esporte na Primeira Divisão do Rio de Janeiro, que nasceu a partir do Botafogo, que disputava o Campeonato Amador promovido pela Liga Macaense de Desportos. Tornou-se profissional, disputou Terceirona e foi campeão. Passou a disputar a Segundona, em busca da Elite no futebol carioca, e por sugestão de um prefeito, trocou de nome e agora é a 5ª força do futebol carioca, atrás apenas dos quatro considerados grandes: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.
Até 2008, o Independente representou Macaé nos Estaduais da Segundona. Mas rebaixado à Terceirona, a tendência seria fechar as portas. Porém um grupo de desportistas resolver "comprar" o clube e transforma-lo e Serra Macaense. O acordo foi acertado e o novo time já está jogando, disputando o Estadual de Futebol Júnior, porém devido ao detalhes burocráticos, ainda com o nome Independente na tabela. No proximo dia 21 de abril, será vez da garotada de Córrego do Ouro, inciar o novo projeto do Serra Macaense, estreando no Estadual Juvenil sob o comando do Luciano Lamoglia, ex-jogador do União Nacional e da Ferroviária de Araraquara (SP). No segundo semestre, entra em campo, o time profissional que está sendo montado pelo técnico Carlos Tozzi.

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