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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

AMARD pede segurança para apitar em Macaé

O Campeonato Amador Macaense de Futebol está chegando na última rodada da fase de classificação e a Associação Macaense de Árbitros de Desportos está preocupada com a integridade fisica dos seus árbitros e assistentes, que atuam nos jogos do Expedicionário sem a presença da força policial. Nenhum clube admite a derrota nesta fase final e os poucos torcedores que se aglomeram junto ao alambrado, na maioria das vezes, é para intimidar o trio de arbitragem e não para incentivar o seu time.
Além disso, existe muita rivalidade dentro de campo, apesar dos jogadores se conhecerem mutuamente. Muitos dirigentes se transformam em torcedores do lado dentro do alambrado e ao invés de tranquilizar seus atletas, acabam tumultuando, tentando colocar o árbitro em situação delicada. Durante o dia, a tensão é menor, porém nos jogos noturnos está praticamente impossivel apitar sem policiamento.
Na última terça-feira (13), o Cajueiros derrotou o Praia Campista por 2x0, com dois gols do experiente Zeca. Mas o jogo foi quente, com jogadas duras, exigindo muita coragem do árbitro Fabio Rogerio Neves da Conceição em controlar os ânimos distribuindo cartões amarelos e até um vermelho para o atleta Bersot do Cajueiros. Neste duelo, foram atiradas pedras no gramado e recolhidas pelo árbitro que as incluiram na súmula. Até os rojões de comemoração, eram de assustar.
Pelo Estatuto do Torcedor, a nivel profissional, a bola só rola com a presença de uma viatura policial e ambulância no Estádio. No inicio deste campeonato macaense, a presença de uma viatura da Policia Militar nos jogos era constante. E pela ausencia da mesma, teve árbitro que não deu o jogo. No caso mais recente, o árbitro Anderson Rangel interrompeu uma partida, alegando falta de segurança, depois que um torcedor invandiu o campo e ameaçou um dos assistentes.
Segundo Anderson Rangel, presidente da AMARD, sem a presença do policiamento nos próximos jogos será muito dificil colocar os seus árbitros para trabalhar. "Fizemos o que estava no nosso alcance, expondo nossos árbitros, assumindo o risco de apitar sem a presença da Polícia. Mas a cada rodada a situação está se agravando e não estamos tendo nenhuma proteção, e ninguém quer apitar. A outra fase vale título, os nervos vão estar a flor da pele e precisamos de ter tranquilidade para conduzir o espetáculo". Explicou Anderson.
Além desta competição, a AMARD atuou em todos os jogos do Campeonato de Máster, conquistado pelo Nova Holanda ao derrotar o Independente por 1x0, e atua no Campeonato Macaense das categorias de base. Nestas duas categorias, dentro das quatro linhas ainda se apita com mais tranquilidade. O problema é aturar o choro de alguns diretores quando o resultado é negativo. A AMARD também atua no Campeonatos de Carapebus e Rio das Ostras, entre outros, e se orgulha em ter em seu quadro renomados árbitros e assistentes que atual na Segundona e na Terceirona do futebol profissional carioca.

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