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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Treinador de Macaé na Paraolimpíada de Pequim

O técnico do Macaé Paraolímpico de Basquete em cadeira de rodas, Antônio Carlos Magalhães, o Pulga, foi convidado para ser o assistente técnico da Seleção Brasileira de Basquete que disputará as Paraolimpíadas em Pequim, na China. O técnico da equipe macaense, já participou das Olimpíadas de Atlanta (EUA) em 1996, como técnico. Desde 2006, à frente da equipe Paraolímpica de Macaé, Pulga, ganhou campeonatos e colocou o time na Segundona do Campeonato Brasileiro.

Pulga reconhece que esta oportunidade foi possível devido a seu trabalho em Macaé, a princípio em caráter social e depois competitivo. "Tudo isso se deve ao meu retorno ao basquete de cadeirante, por meio do convite para dirigir a equipe recém-criada em 2005. Começamos com 10 participantes, e hoje temos 33 atletas que disputam campeonatos regionais e o nacional. É uma raridade, poucas cidades do Brasil têm essa garra de tocar um projeto audacioso como o paraolímpico. Os atletas têm em Macaé toda a estrutura para treinar em um dos melhores ginásios do Brasil, transporte e um incentivo financeiro, através do bolsa-atleta", reconece Pulga.

A indicação do técnico para a Seleção Brasileira Paraolímpica, teve a influência dos próprios atletas e ao retorno de Pulga a esta modalidade. "Não sou uma pessoa política. Minha indicação para integrar a seleção, se deve à confiança que todos têm no meu trabalho, e isso é muito gratificante. O sucesso realizado aqui em Macaé, promoveu meu retorno às quadras do basquete em cadeira de rodas", explica o técnico, que já sonhava com esta indicação no Jogos PanAmericanos, realizado no Rio de Janeiro.

De 99 a 2004, Antônio Carlos esteve à frente da equipe de basquete (andante) do Vasco da Gama. Ficou um ano afastado, depois participou da ParaOlímpiada de Atlanta, nos Estados Unidos em 1996. Veio para Macaé em 2005, por indicação do presidente da Fundação de Esporte (Fesporte), Alex Moraes, e do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência (CMPPD), para assumir a equipe Parolímpica.

Pulga destaca a ~importância da Prefeitura na execução do Projeto. "Desde o começo tivemos todo apoio para desenvolver o projeto. Conheço os trabalhos em cidades grandes, como São José do Rio Preto e em Campinas, mas que não funcionam integralmente. Em Macaé, o projeto é desenvolvido 100%, o que é uma raridade. Além disso, o bolsa-atleta que é recebido por sete jogadores, é repartido entre todos os integrantes da equipe, sendo um incentivo a mais para o grupo", explica o técnico.

Enquanto Pulga estiver com a Seleção Brasileira, um outro Antônio Carlos vai assumir a equipe de Macaé: "Antônio Carlos Gripp, o Totonho, ficará treinando o grupo enquanto eu estiver fora. Esse ano a equipe de Macaé vai disputar o Campeonato Regional e o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão", ressalta o técnico. "Mesmo treinando o time que irá à Pequim, estarei em Macaé, em julho, para o desfile do aniversário da cidade, com toda a equipe do paraolímpico. O trabalho que faço aqui é todo respaldado pelo município, que dá o suporte necessário para os atletas treinarem. Macaé já está no meu coração", revela Antônio Carlos, destacando que o Projeto da prefeitura é voltado para pessoas com deficiência nos membros inferiores, como paraplégicos, amputados ou com seqüelas de poliomielite.

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