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domingo, 29 de março de 2009

Um macaense na Seleção Brasileira de Basquete

O atleta paraolímpico Luís Henrique, 20 anos, morador do bairro Brasília, na Barra de Macaé, escreve seu nome na história do esporte macaense ao ser convocado para defender o Brasil no Campeonato Mundial de Basquete em cadeiras de rodas, na cidade de Paris, na França, em julho deste ano. Ele participa há mais de dois anos do projeto Paraolímpico de Basquete.
A convocação se deu graças a sua superação e ao desenvolvimento junto com o time que há um ano e meio disputou o campeonato carioca e o brasileiro da terceira divisão, conquistando o vice-campeonato, em Brasília. Isso capacitou a equipe paraolímpica de Macaé a disputar o Campeonato Brasileiro da Segundona que irá acontecer no mês de setembro, em Recife.
Segundo Antônio Carlos Magalhães, o Pulga, técnico da equipe Macaense de Basquete Paraolímpica,que trabalha com a equipe desde 2006, normalmente um cadeirante leva de dois a três anos para poder competir, mas a equipe macaense já tem conseguido resultados expressivos em pouco mais de um ano e meio, nesse audacioso projeto paraolímpico que começou por iniciativa do prefeito Riverton Mussi, do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência (CMPPD) e da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. “O projeto paraolímpico, em Macaé, surgiu com a intenção de educar e dar orientação cultural às pessoas de pouca acessibilidade física, sensibilizando os portadores de necessidades especiais e ao mesmo tempo levantando sua autoestima”, disse Pulga.
- Este ano, tivemos a grata surpresa de ver um dos nossos atletas sendo convocado para a Seleção Brasileira de Basquete em cadeira de rodas, ele que se sagrou campeão da copa latina de juniores (Sub-23), no México, classificando-se automaticamente para o campeonato mundial que será realizado na França - revelou Antônio Carlos Magalhães, o Pulga, técnico da equipe Macaense de Basquete Paraolímpica.
Exemplo de superação - O portador de necessidade especial Luís Henrique vem de uma família de baixo poder aquisitivo. O atleta macaense teve a perna esquerda amputada aos nove anos, por causa de um acidente no Rio Macaé, quando uma lancha o vitimou. A convocação para o Mundial Paraolímpico poderá mudar sua vida. “Estou muito feliz por poder contribuir para o esporte e tenho orgulho de ser paraolímpico macaense”, disse Henrique.
Os atletas paraolímpicos têm, em Macaé, toda a estrutura para treinar. Um dos melhores ginásios do Brasil e um incentivo que é o bolsa-atleta. No caso de Luís Henrique, a prefeitura disponibilizou um staff técnico composto por nutricionista e um fisioterapeuta para acompanhar o mais novo atleta que se desponta no paraolímpico brasileiro.
O projeto em Macaé foi implantando no primeiro governo do prefeito Riverton Mussi, em 2006, com a finalidade de integrar o deficiente no convívio social, promover o esporte, aumentar a autoestima e, é claro, a busca de vitórias em competições oficiais. O projeto da prefeitura é voltado para pessoas com deficiência nos membros inferiores, como paraplégicos, amputados ou com seqüelas de poliomielite, e começou com 10 participantes, atualmente já tem uma equipe que disputa campeonatos regionais e o nacional. Poucas cidades do Brasil têm essa garra de tocar um projeto paraolímpico.

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