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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cartão laranja pode ser implantado no futebol

O cartão laranja e outras novidades podem ser incluídos no futebol ainda este ano pela International Board, que vota as propostas neste sábado (28), em reunião às 06h30 (horário de Brasília), na Irlanda do Norte. Além do cartão amarelo e vermelho, o laranja (que não apenas adverte nem expulsa definitivamente), apenas excluirá o jogador da partida por alguns minutos. Se for aprovada, será a primeira grande mudança nas regras do futebol depois de nove anos.
As outras modificações nas regras são menos polêmicas e, em alguns casos, servem apenas para oficializar uma situação que já acontece com frequência. Permanecer na área técnica, por exemplo, já é uma realidade no Brasil. Se a mudança vier, os treinadores agradecerão, e os juízes também. Seria o fim de um estresse para o quarto árbitro, que atualmente tem de pedir a toda hora para o treinador retornar para o banco de reservas.
Um intervalo de 20 minutos também não chega a ser uma grande novidade, já que os atrasos são costumeiros. Os atuais 15 minutos podem ser suficientes para quem está na arquibancada esperando, até porque as entrevistas no intervalo estão praticamente proibidas. No Estadual do Rio, um canal de TV é quem manda.

OUTRAS PROPOSTAS QUE SERÃO VOTADAS
- Os jogos em grama artificial precisariam do selo da Fifa Quality Concept for Football Turf. Ele se chama atualmente Quality Concept for Artificial Turf.
- Se o jogador usar uma fita sobre o meião (para prender a caneleira, por exemplo), ambos teriam de ser da mesma cor.
- Seria incluída na regra o que já era uma determinação: o jogador que deixar o campo sem autorização do árbitro será considerado, para fins de impedimento, como estando na linha de fundo ou linha lateral.
- Atualmente, um time já precisa excluir um ou mais jogadores para igualar o número do adversário na disputa por pênaltis. Entraria na regra que o jogador a ser excluído não pode ser o goleiro.
Entre as novidades principais, resta a quarta substituição em caso de prorrogação, que promete gerar menos polêmica. O torcedor brasileiro, no entanto, não deverá ver de perto a mudança, caso ela seja aprovada. A prorrogação não é usada nos principais campeonatos estaduais, na Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Taça Libertadores.
Outra proposta de destaque já não é bem uma novidade no futebol mundial: a discussão do que pode ser feito para acabar com a dúvida de que a jogada terminou em gol ou não. A bola com chip, testada no Mundial Sub-17 de 2005 (no Peru), já fez parte da reunião da International Board antes. O que a Fifa quer ampliar agora é a utilização de assistentes atrás dos gols, a exemplo do que foi testado no último Europeu Sub-19, em 2008.

E a paradinha, nas cobranças de pênalti?
Polêmica no futebol brasileiro, mas não no europeu, a paradinha em cobranças de pênalti não entrou em pauta na reunião deste sábado na Irlanda do Norte. O europeu se acha dono do futebol e não liga para a América do Sul. É porque nunca aconteceu uma paradinha ou uma "paradona" lá. Mas a Confederação Sul-Americana já instruiu os árbitros a mandarem voltar a cobrança de pênalti nesses casos.

O que é a International Board
A International Board é a entidade que cuida das regras do futebol e suas mudanças. É formada por quatro integrantes da Fifa e um de cada uma das federações britânicas: Inglesa, Escocesa, Irlandesa e Galesa. Para que uma mudança seja aprovada, a proposta deve ter os quatro votos da Fifa, mais dois dos outros quatro integrantes.
A reunião inaugural da International Board foi realizada em 1886, 18 anos antes da fundação da Fifa. A cada ano, são realizados dois encontros. O primeiro, entre fevereiro e março, discute as regras do futebol. O segundo, entre setembro e outubro, trata apenas de questões internas.

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